Os dedos das pétalas abotoam-me por um fio
Encarquilho a ecoar ferimos a vista de nomes *
Toco a córnea da polpa. Fere. Aferrolho o tentáculo
Nas asas engato as penas da forquilha comungo
Agracio a ausência de sermão punhado de calhau
Único espelho te esconjuro. Avé, casta heresia.
still de Asas do desejo, Wim Wenders
* Nuno, ali
3 comentários:
'Atrás dele o passado dá à costa, acumula entulho sobre as asas e os ombros, um barulho como de tambores enterrados, enquanto à sua frente se amontoa o futuro, esmagando-lhe os olhos, fazendo explodir como estrelas os globos oculares, transformando a palavra em mordaça sonora, estrangulando-o com o seu sopro.' Heiner Müller
fere. um gesto apenas em abrir e fechar as palavras. nos nomes baptizados pela aspersão dos dedos em ausência.
bom dia:)
Este still é lindo. Lembra-me aqueles filmes expressionistas alemães.
é isso mesmo, Nuno! acertas sempre na mouche :)
este still é mesmo dos meus preferidos, Manel :)***
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