sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com

(No que de precioso tem a minha memória )


Valdevina
A morte insurge-se
Maior que o amor
Nada se assemelha a um grito
Eu sem a avó
batendo os pés violentamente no soalho
recolher-me-ei
magoada na própria velocidade
.



Quero a avó velhinha

Quero a minha avó velhinha a colher-me
Quero aqui e agora o amor
Exijo o regresso das suas mãos

Que equívoco é este? Recuso a morte do amor.
Que sentido tem que o regaço seja indefeso da morte?



Contra o esquecimento esgravato a terra
No que de precioso tem a minha memória
Luto contra a brutalidade dos dias
Ausentes em vida.



A vida não podia ter sido mais forte que nós.






itálicos, refª à Marta

6 comentários:

Anónimo disse...

brutal e suavemente sentido....

Anónimo disse...

fico feliz por algumas palavras minhas servirem para dizer um amor assim.
gostei muito.
um beijo

Anónimo disse...

contra o esquecimento, pela recusa da morte do amor. por mim e pela memória sempre tão presente da minha avó, obrigada, maggie.

Anónimo disse...

;)

Anónimo disse...

"A vida não podia ter sido mais forte que nós." - mas é-o tantas vezes.

(independentemente do poema)

(...)

Anónimo disse...

Lindo...
Boa semana. Um beijo