Formulássemos os desejos que desejamos
E se os caminhássemos de pés húmidos
Do pó. Os animais conjurassem à nossa passagem,
Tal mar vermelho. Sem sinais para trás
Da nossa passagem. Que a nossa passagem a levamos
Connosco como a cada filho que trazemos. Eterizados
Pelo tacto. Sem pedras. Órfãos. Sempre sempre.
Sopremos sopros soprados como diz o nosso amigo
Amigo. As janelas abertas em contentamento sadio.
A brisa pelas plantas de desejar desejos. Desejados.
Nossos sonos da experiência são paz. Descansamos
A cada sempre. Apalavramos palavras desejadas
De não fazer mal às palavras nestes tontos jogos
Palavra-verbo-apalavrar. E tocamos a massa alma.
Fantasma ~ Olha ~ Ali ~ Somos nós ~ No meio verde.
Comemoremos. Bem-aventurados. O inebriamento.
Um sopro soprado levar-nos-á, não ao nosso tacto.
exercício repetido, fortuitamente censurado e emendado
6 comentários:
ocorreu-me logo que "há o perigo de um grito lindíssimo quando andas assim comigo no invisível".
lindíssimo.mesmo.comemoro.
um beijo.
isto está tão lindo :)
(e o nick drake também)
Nao sei se reparaste mas se leres em voz alta o que escreveste parace que estas a soprar as "carecas" dos dentes de leao.
;)
belíssimo! vou surripiar-te este magnífico início: ‘E se Formulássemos os desejos que desejamos E se os caminhássemos de pés húmidos...’
gosto muito, margarete.
:)
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