solvstäg said...
1) O debate acerca da interrupção voluntária da gravidez não se confunde, nem exige, o debate do começo da vida humana, intra-uterinamente.
2) O que se discute é saber se é aceitável despenalizar essa interrupção, alterando o quadro legal actual.
3) Ou seja, manter a condenação moral, feita individualmente e conforme a consciência de cada um, mas evitar a condenação social, à boca do tribunal.
4) Por outro lado, oferecer condições de saúde e higiene hospitalares ou clínicas a quem, por sua iniciativa, delibarada e conscientemente, decida interromper a gravidez.
5) Ainda que se discutisse a vida humana, sempre se teria de reconhecer que ela é banalizada diariamente, por todos nós.
6) Manter o actual estado de coisas é manfestamente hipócrita.
7) Finalmente, gostava de saber por que razão a Assembleia da República (ou o Governo, em proposta) entendeu não ter legitimidade para legislar nesta matéria penal, sem sujeitar a referendo - é disso que se trata, de matéria penal sobre a qual nenhum de nós devia ser ouvido.
na caixa de comentários de solvstäg aka Hugo (post de 15 de Janeiro)
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