As canções que ouvimos são suaves, mas atraem-nos
ainda mais
as que não escutamos; continuai pois,
melodiosas flautas,
o vosso ritmo. Não para o ouvido corpóreo:
mais intímas,
entoai para o vosso espírito as canções silenciosas.
Sob uma árvore, formoso adolescente, não podes deter
o teu canto, nem estas árvores perder suas folhas.
E tu, amante ousado, nunca conseguirás dar o teu beijo
ainda que permaneças sempre tão próximo;
mas não sofras,
ela não há-de envelhecer e, apesar de não possuires a
felicidade,
continuarás a amá-la, olhando para sempre a sua formosura.
(...)»
John Keats
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