sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com
31.
a valer a pena, não por intenção fortuita
mas porque um dia talvez
mo compres
saber que dos teus talvez
já o vejo na sala
e eu sentada no chão a atrever-me escalas
quiçá a sorrir-te, é hoje
mas porque um dia talvez
mo compres
saber que dos teus talvez
já o vejo na sala
e eu sentada no chão a atrever-me escalas
quiçá a sorrir-te, é hoje
Gifts 12.
Regresso devagar ao teu sorriso como quem volta a casa.
Faço de conta que não é nada comigo.
Distraído percorro o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro.
Devagar te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no amor como em casa.
Manuel António Pina
Faço de conta que não é nada comigo.
Distraído percorro o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro.
Devagar te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no amor como em casa.
Manuel António Pina
[ instantes palavras para quê? ]
Separar diplomacias
Crianças orfãs da Coreia do Norte cantam hinos patrióticos num orfanato da província de Sinuiju. O Programa Alimentar Mundial (WFP) apelou hoje aos países dadores para separarem as negociações sobre o programa nuclear norte-coreano das questões humanitárias...
Foto: Reuters/Programa Alimentar Mundial
(foto-legenda do última-hora , Público.pt)
inner favours

Lay on thy dirt.
Reality's here,
keep our memory beside a dream. Do you stand...? Can you?
May you lay down? Sit. Catch! Good! Nice. Here's a cookie.
I can't hear you. Fatigue is nothing but you in your foulness.
Duck & do not cover. Sing me anywhen & I’ll feed ya’needs.
30.
Hei-de conseguir
Escrever
Pois não é para apostar
Nem sei
Se hás-de saber quantos
São da cútis
Os meus sinais, hei-de
Eu jogar
A saber como é, não
Medrar
Eis
Continuo imóvel. Se tentei escapar
Estão safos.
Os meus aflitos no teu bastião
Arcaboiço.
Escrever
Pois não é para apostar
Nem sei
Se hás-de saber quantos
São da cútis
Os meus sinais, hei-de
Eu jogar
A saber como é, não
Medrar
Eis
Continuo imóvel. Se tentei escapar
Estão safos.
Os meus aflitos no teu bastião
Arcaboiço.
declaração
Para efeitos sou alguma coisa velha à espera da nudez. Encubro plicas. Faltou-me indevida a burca vã. Apalpo vestes uma a uma adoptando as calças de minha mãe. Ambiciono entender de que contêm simples as papoulas Primavera adentro. Sou alguma coisa entre quatro estações. Esta carne arrefece se a afasto do isolamento. O esgar que aqui vêem acontecido é uma imitação reles à face. Consumi as expressões no curso de entender genuinidades. Restam esconderijos entre mim e mim. Estreita a emergência: agasalhar os recatos, são meus. O esgar que aqui vêem acontecido porventura verídico.
monocromática
A luz insiste eu - estou branca. Não, a luz não se trata de
anatomia. Se
se tratasse era uma pirueta sem labareda. Rigor: As alegações visuais andam no chão.
Brechas queimadas sem peritagem.
Assei palavras sentidas. Colho as folhas. Espio. E à roda de mim escuro labilidades.
Exceptuo do choro uma história se a
bem lhe quero. Alegre não. Estou branca, vencida da luz
perdi lengas fiquei a cantar mal ou bem. Branca nem quero.
anatomia. Se
se tratasse era uma pirueta sem labareda. Rigor: As alegações visuais andam no chão.
Brechas queimadas sem peritagem.
Assei palavras sentidas. Colho as folhas. Espio. E à roda de mim escuro labilidades.
Exceptuo do choro uma história se a
bem lhe quero. Alegre não. Estou branca, vencida da luz
perdi lengas fiquei a cantar mal ou bem. Branca nem quero.
meu querido sono
Hoje é Dia Mundial do Sono.
Vivi mais de 3 anos com alterações de sono, estando há cerca de 1 ano reconciliada com o mesmo... celebro o sono todos os dias!
Viva o meu sono!
Vivi mais de 3 anos com alterações de sono, estando há cerca de 1 ano reconciliada com o mesmo... celebro o sono todos os dias!
Viva o meu sono!

à pessoa que me iniciou no mundo da sobrevivência
- fantasia, sonho, nonsense, riso e algumas lagrimitas ao canto do olho
feliz dia do pai a todos vós :)
feliz dia do pai a todos vós :)
links e uma coisa cá dentro
os links deste blog estão uma barafunda e ainda não é hoje que me apetece fazer a lida da casa, mas urge o destaque para este blog que tenho visitado religiosamente...
...de onde trago este vídeo, digamos que é uma celebração ao facto de ser sexta-feira, ou tão só porque qualquer coisa cá dentro se sente muito bem, como uma paz
bom fim-de-semana, pessoas
Recortei pedaços dúbios que distribuí pelo pavimento.
Olhei aritmeticamente as tuas mãos e a casa. Cabes
dentro dela que cabe dentro das queridas dispersões.
Fica a sobrar a barafunda concentrada da minha higiene.
E eu a nadar na fossa. O quintal brida a ponte cardada
ao mundo. Conserto cálculos auxiliando o brio da
desproporção alinhada no derramamento destes serões.
Estou cada vez mais pequena. Decresce a altura algures
(hajas ser nada de elevação entre o pó e a concepção).
Poderia ter sido a minh’alma. Minguam respostas a
curtir as desavenças das opiniões que outrora tecera.
Restauro dúvidas. Uso um garfo que estanco noutra
interrogação a prenunciar-se alvoroçada. O coração
salta moderador - Negociarei uma forquilha no dia
em que desprezar o combate pelo discernimento.
Arrumo quietos os pedaços cerzidos nas horas de
gnose do não-saber. As horas vivas. Não conto as
humilhações, cada rodada de desapego é largada nos
cantos vastos. Arejadas as nódoas, as horas vivas
deixam-se à mercê de novos naufrágios. E o coração
sem respostas espalha desapegado o pescoço no
tronco – Jamais entenderei a perseverança.

Face of a Woman, Joel-Peter Witkin
2004
Olhei aritmeticamente as tuas mãos e a casa. Cabes
dentro dela que cabe dentro das queridas dispersões.
Fica a sobrar a barafunda concentrada da minha higiene.
E eu a nadar na fossa. O quintal brida a ponte cardada
ao mundo. Conserto cálculos auxiliando o brio da
desproporção alinhada no derramamento destes serões.
Estou cada vez mais pequena. Decresce a altura algures
(hajas ser nada de elevação entre o pó e a concepção).
Poderia ter sido a minh’alma. Minguam respostas a
curtir as desavenças das opiniões que outrora tecera.
Restauro dúvidas. Uso um garfo que estanco noutra
interrogação a prenunciar-se alvoroçada. O coração
salta moderador - Negociarei uma forquilha no dia
em que desprezar o combate pelo discernimento.
Arrumo quietos os pedaços cerzidos nas horas de
gnose do não-saber. As horas vivas. Não conto as
humilhações, cada rodada de desapego é largada nos
cantos vastos. Arejadas as nódoas, as horas vivas
deixam-se à mercê de novos naufrágios. E o coração
sem respostas espalha desapegado o pescoço no
tronco – Jamais entenderei a perseverança.

Face of a Woman, Joel-Peter Witkin
2004
segmento de percurso involuntário e inconsciente [ processos da cabeça e do pescoço ]
Sentia-se. Era um sentimento. O sentimento prostrava gutural à beira
rebentou a glândula que não foi, mas é capaz de esvaziar à custa das razões. A consciência era um aperto, fazia /g/. Repetia /g/, não conseguia desbloquear.
Enfraqueceu e passou a fazer /k/. /k/. A língua desceu e adormeceu no chão. O sentimento ficou sem som. Áspero de fraqueza, o pressentimento sumiu.
O pescoço enrijou e a cabeça empedernida extinguiu o móbil do sentimento.

Head and Neck, Tony Bevan
rebentou a glândula que não foi, mas é capaz de esvaziar à custa das razões. A consciência era um aperto, fazia /g/. Repetia /g/, não conseguia desbloquear.
Enfraqueceu e passou a fazer /k/. /k/. A língua desceu e adormeceu no chão. O sentimento ficou sem som. Áspero de fraqueza, o pressentimento sumiu.
O pescoço enrijou e a cabeça empedernida extinguiu o móbil do sentimento.

Head and Neck, Tony Bevan
exercício à base de água vazia
Fui embora ontem ainda não voltei
aqui
não foi uma foleira alucinação vertiginosa nem foi nem fui e fora todos os adjectivos fora
pouco que muito pode ser a raiz a estalar da solidão toda, repito, da campa
toda
ontem fui embora ainda aqui voltei
atrás para procurar não sabia de que
possibilidade havia esquecido algum
papão
cheguei que devo ter chegado a sítio alguma coisa devo ter chegado mesmo nada
cheguei
mesmo à hora acertada a raiz dobrou uma esquina de cores primárias e partiu
se a ponta solta fosse menos uma
hoje seria zero de fundações a árvore.
Exercícios:
#1
se a ponta solta fosse menos azul
se a ponta solta fosse menos amarelo
se a ponta solta fosse menos vermelho
se a ponta solta não fosse luz
#2
hoje seria zero de fundações a árvore.
hoje é zero de fundações a árvore.
hoje era zero de fundações a árvore.
hoje foi zero de fundações a árvore.

foto de Carlos Veríssimo
música rapinada à cachopa, dolphin.s
aqui
não foi uma foleira alucinação vertiginosa nem foi nem fui e fora todos os adjectivos fora
pouco que muito pode ser a raiz a estalar da solidão toda, repito, da campa
toda
ontem fui embora ainda aqui voltei
atrás para procurar não sabia de que
possibilidade havia esquecido algum
papão
cheguei que devo ter chegado a sítio alguma coisa devo ter chegado mesmo nada
cheguei
mesmo à hora acertada a raiz dobrou uma esquina de cores primárias e partiu
se a ponta solta fosse menos uma
hoje seria zero de fundações a árvore.
Exercícios:
#1
se a ponta solta fosse menos azul
se a ponta solta fosse menos amarelo
se a ponta solta fosse menos vermelho
se a ponta solta não fosse luz
#2
hoje seria zero de fundações a árvore.
hoje é zero de fundações a árvore.
hoje era zero de fundações a árvore.
hoje foi zero de fundações a árvore.

foto de Carlos Veríssimo
Radiohead - A Wolf at the Door |
música rapinada à cachopa, dolphin.s
{...}
Se sinto as pestanas choro muito por aí além.
Ando cheia de sono de ti e penso que é o desfecho
de ter a pança a dormir nas horas em que te amo.
Há bocado andava por além do que deveria ser
o dia a clarear e enchi muitas palavras que não sei
apalavrar. Não saltei na preocupação quando
o doutor me diagnosticou os pingos de mulherio
carpideiro que se esboçavam na cópia do meu peito.
Respondi-lhe
doutor, perdi a esperança sei que ela é mais feliz.
Na outra semana encontrei-a, ia garrida rodada de
Autonomia. Perguntou-me por mim e mostrei-lhe.
Confirmámos que a fé não era irmã dela, ela é mais
contente. Escusámos o resto do tema e rimos do
poemário que arrebentava nas suas saias. Não
demos mãos nem comemos gelados ou chocolates.
Mostrei-lhe que não trago nada senão o que tão
perto estava aqui.
À verdade, o doutor respondera que faço muito bem,
nem fiquei feliz, ora, já sabia! Esperança troçou da
contra-resposta e riscava bolas cheias de olhos na
areia, disse que eram nada fechados e apagou-os.
Gostava das bolas na areia e tiveram o seu tempo.
Esperança perguntou se eu sabia e claro que não.
Como poderia saber explicar se não sei a explicação
nas horas em que te amo.

Mary Ellen and Hand, Ralph Gibson
Ando cheia de sono de ti e penso que é o desfecho
de ter a pança a dormir nas horas em que te amo.
Há bocado andava por além do que deveria ser
o dia a clarear e enchi muitas palavras que não sei
apalavrar. Não saltei na preocupação quando
o doutor me diagnosticou os pingos de mulherio
carpideiro que se esboçavam na cópia do meu peito.
Respondi-lhe
doutor, perdi a esperança sei que ela é mais feliz.
Na outra semana encontrei-a, ia garrida rodada de
Autonomia. Perguntou-me por mim e mostrei-lhe.
Confirmámos que a fé não era irmã dela, ela é mais
contente. Escusámos o resto do tema e rimos do
poemário que arrebentava nas suas saias. Não
demos mãos nem comemos gelados ou chocolates.
Mostrei-lhe que não trago nada senão o que tão
perto estava aqui.
À verdade, o doutor respondera que faço muito bem,
nem fiquei feliz, ora, já sabia! Esperança troçou da
contra-resposta e riscava bolas cheias de olhos na
areia, disse que eram nada fechados e apagou-os.
Gostava das bolas na areia e tiveram o seu tempo.
Esperança perguntou se eu sabia e claro que não.
Como poderia saber explicar se não sei a explicação
nas horas em que te amo.

Mary Ellen and Hand, Ralph Gibson
a girl's gotta do what a girl's gotta do
- não vás (súplica à desordem natural)

Lavado o teu corpo todo com pus a sobressair
à pressa saltaria de trás para a frente a agarrar
a vida toda que era o resto afinal certeiro final
a razão a falar dizer coisas sobre a terra e nós
bichos amorfos compostos a virar como húmus
lavados. À lentidão dos olhos a engolir soluços
lavado o resto da tua língua órfã lambida do
útero que me não foste e plantaste. Lavados no
pesadelo de cabelos molhados da almofada a
amortecer a queda do sono sujo. E eu a cair.
Um dia odeio isto tudo viva. O meu pesadelo é
quero morrer antes de tudo. Desencontros e são
fugas, já me ultrapassaram. Odeio a minha dor.
photo de Sandra Ferrás
série [ arrepios na espinha ] ou [ ditos do demo ]
A glória ou o mérito de certos homens consiste em escrever bem; o de outros consiste em não escrever.
Jean de Bruyère in Bartelby & Companhia de Enrique Vila-Matas
Jean de Bruyère in Bartelby & Companhia de Enrique Vila-Matas
nascido é

Quando nos desnudámos dos gritos
deitaram-se as vergonhas fora das
horas resguardadas do desprezo
cresceram pêlos entre cada membro
a berrar plasma de sustos entreabertos
nas feridas. Nuas desgastámos as rochas
nocturnas em passeios paralelos a
dobrar geometrias possíveis que a
lógica nem sempre acerta. Nua
lapidada a dor das cabeças ardentes
encontrou visão nas horas. Senti acerto
contínuo, o ventre a porfiar nascido o amor.
INQUIRY, UNTITLED 8, Ralph Gibson
a quatro mãos e quatro patas, a amizade a toda a pele
Revirámos as palavras e elas surgiam na terra húmida.
Umas vinham com pressa, outras nasciam-nos ao dia
e à noite em respeito à mora natural da incubação.
Estávamos juntas e a solidão toda arrumada dentro de nós.
Espalhámos o belo inteiro que nos tem sido privado.
As palavras não nos mentem, são tão só isso, o símbolo.
Deixamos a cada sempre que palpitem.
O ser pessoa nunca cala a biologia da coragem.
Poucos sítios são estar em casa.
Sabemos que chegamos quando à entrada se lê "amiga".

Feliz Aniversário, amiga!
menina alice, margarete e niky
Umas vinham com pressa, outras nasciam-nos ao dia
e à noite em respeito à mora natural da incubação.
Estávamos juntas e a solidão toda arrumada dentro de nós.
Espalhámos o belo inteiro que nos tem sido privado.
As palavras não nos mentem, são tão só isso, o símbolo.
Deixamos a cada sempre que palpitem.
O ser pessoa nunca cala a biologia da coragem.
Poucos sítios são estar em casa.
Sabemos que chegamos quando à entrada se lê "amiga".

photo: dolphin.s
Feliz Aniversário, amiga!
menina alice, margarete e niky
28.
Se sinto as pestanas choro muito por aí além.
Ando cheia de sono de ti e penso que é o desfecho
de ter a pança a dormir nas horas em que te amo.
Há bocado andava por além do que deveria ser
o dia a clarear e enchi muitas palavras que não sei
apalavrar. Não saltei na preocupação quando
o doutor me diagnosticou os pingos de mulherio
carpideiro que se esboçavam na cópia do meu peito.
Respondi-lhe
doutor, perdi a esperança sei que ela é mais feliz.
Na outra semana encontrei-a, ia garrida rodada de
Autonomia. Perguntou-me por mim e mostrei-lhe.
Confirmámos que a fé não era irmã dela, ela é mais
contente. Escusámos o resto do tema e rimos do
poemário que arrebentava nas suas saias. Não
demos mãos nem comemos gelados ou chocolates.
Mostrei-lhe que não trago nada senão o que tão
perto estava aqui.
À verdade, o doutor respondera faço muito bem
não fiquei feliz, ora, já sabia. Esperança troçou da
contra-resposta e riscava bolas cheias de olhos na
areia, disse que eram nada fechados e apagou-os.
Gostava das bolas na areia e tiveram o seu tempo.
Esperança perguntou se eu sabia e claro que não.
Como poderia saber explicar se não sei a explicação
nas horas em que te amo.
Ando cheia de sono de ti e penso que é o desfecho
de ter a pança a dormir nas horas em que te amo.
Há bocado andava por além do que deveria ser
o dia a clarear e enchi muitas palavras que não sei
apalavrar. Não saltei na preocupação quando
o doutor me diagnosticou os pingos de mulherio
carpideiro que se esboçavam na cópia do meu peito.
Respondi-lhe
doutor, perdi a esperança sei que ela é mais feliz.
Na outra semana encontrei-a, ia garrida rodada de
Autonomia. Perguntou-me por mim e mostrei-lhe.
Confirmámos que a fé não era irmã dela, ela é mais
contente. Escusámos o resto do tema e rimos do
poemário que arrebentava nas suas saias. Não
demos mãos nem comemos gelados ou chocolates.
Mostrei-lhe que não trago nada senão o que tão
perto estava aqui.
À verdade, o doutor respondera faço muito bem
não fiquei feliz, ora, já sabia. Esperança troçou da
contra-resposta e riscava bolas cheias de olhos na
areia, disse que eram nada fechados e apagou-os.
Gostava das bolas na areia e tiveram o seu tempo.
Esperança perguntou se eu sabia e claro que não.
Como poderia saber explicar se não sei a explicação
nas horas em que te amo.
{...}
poema: já não gosto de futebol
Oh, Mourinho, porquê isto vindo de ti?
Eu, que sempre bem te vi, daqui lá ao
Chelsea, dos totós invejosos te defendi
e agora assim me pagas 2 a 1. És mau.
Oh! Porquê?!
(e tu, Helton, também já não gosto de ti)
Eu, que sempre bem te vi, daqui lá ao
Chelsea, dos totós invejosos te defendi
e agora assim me pagas 2 a 1. És mau.
Oh! Porquê?!
(e tu, Helton, também já não gosto de ti)
um dia, muitas vezes, as vozes ruminam 'não sois vós, sou eu'
Surgiu-me e escrevi, era o fazedor de composições
a mascar-me ao ouvido palavras surdas. Falsificava
vogais para fora e deixava cair migalhas, juntei-as
num molhe de fones e fiquei cá a gargarejar. Era o
medo de ver que lia alto a maus tons os que nunca
fugi de esconder. Armadilhei a folha com borracha,
mas a carga do lápis expunha-se nos socalcos. Com
tanta força cerrei os olhos, mas maus, inoportunos,
os dedos palparam tudo até à exaustão do susto. Ó!
O meu tronco tremeu tremelicou no mundo mudo e
enfim girava à minha volta. Eram os ditados de não
querer falar do que falhou e eu não latia. As cinzas
nas pontas das unhas ainda mancham tudo o que aí
toco. Não sois vós, sou eu, disse o fazedor a mascar.
a mascar-me ao ouvido palavras surdas. Falsificava
vogais para fora e deixava cair migalhas, juntei-as
num molhe de fones e fiquei cá a gargarejar. Era o
medo de ver que lia alto a maus tons os que nunca
fugi de esconder. Armadilhei a folha com borracha,
mas a carga do lápis expunha-se nos socalcos. Com
tanta força cerrei os olhos, mas maus, inoportunos,
os dedos palparam tudo até à exaustão do susto. Ó!
O meu tronco tremeu tremelicou no mundo mudo e
enfim girava à minha volta. Eram os ditados de não
querer falar do que falhou e eu não latia. As cinzas
nas pontas das unhas ainda mancham tudo o que aí
toco. Não sois vós, sou eu, disse o fazedor a mascar.
27.
em redor da verdade
Deixo a pele inundada perante incertezas
via aérea do pesadelo eis as dúbias origens
emergir não sei onde acabei começo agora.
via aérea do pesadelo eis as dúbias origens
emergir não sei onde acabei começo agora.
anafados, os velhos ficam a falar sozinhos no restelo
A bolota bate na perdigota. O povinho julga
que ordena. Batem miúdos girinos. As suas
cabeças dão cambalhotas aos estratagemas e
o vence o quê? A náusea. Enfastiado silêncio
damos. Afinal, quantos passos para à frente?
As mãos cheias de eczemas não servem para
conspurcar consciências. As frases curtas serão
sucessos perante travões ameaçadores de esboços
da vil coerência. Sim. Não. Nunca talvez jamais
não sei. É certeiro o percurso até à parede já foi
percorrido. Esta pedra, guardo-a para a colecção
que construirá um muro no final. Doçura não está
nos versos do futuro a queimar vinganças. Regras
aperfeiçoam-se a par técnica da tortura grátis ao
interior alheio. Em prol da sentença humana sobre
O poderio.
Desinfecta-se a cara do cuspo infectado, nascido
grunhido não-primário criado à imagem de seus
pais. Um passo para fora. A bolota bate na perdigota,
a perdigota desanda para comprar mais um cadeado.
A bolota apodrece de tão gorda, consumida de si
ditada afinal popularucha a desconfiar das luzes
que incidem na sua sombra e a repetir provérbios
sem saber ler. Desfeitas sem razão dobradas são.
Desconfia-se do futuro, recordando-se o passado.

Infelizmente, não tão longe (nem tão diferente) vai bem com outras coisas
que ordena. Batem miúdos girinos. As suas
cabeças dão cambalhotas aos estratagemas e
o vence o quê? A náusea. Enfastiado silêncio
damos. Afinal, quantos passos para à frente?
As mãos cheias de eczemas não servem para
conspurcar consciências. As frases curtas serão
sucessos perante travões ameaçadores de esboços
da vil coerência. Sim. Não. Nunca talvez jamais
não sei. É certeiro o percurso até à parede já foi
percorrido. Esta pedra, guardo-a para a colecção
que construirá um muro no final. Doçura não está
nos versos do futuro a queimar vinganças. Regras
aperfeiçoam-se a par técnica da tortura grátis ao
interior alheio. Em prol da sentença humana sobre
O poderio.
Desinfecta-se a cara do cuspo infectado, nascido
grunhido não-primário criado à imagem de seus
pais. Um passo para fora. A bolota bate na perdigota,
a perdigota desanda para comprar mais um cadeado.
A bolota apodrece de tão gorda, consumida de si
ditada afinal popularucha a desconfiar das luzes
que incidem na sua sombra e a repetir provérbios
sem saber ler. Desfeitas sem razão dobradas são.
Desconfia-se do futuro, recordando-se o passado.

Study after Velazquez's Portrait of Pope Innocent X, Francis Bacon
Sim, m'lher, tb penso que este vai bem com isso.Infelizmente, não tão longe (nem tão diferente) vai bem com outras coisas
1º Concurso de Fotografia União Praiense
O Clube de Fotografia de Setúbal está a colaborar com os nossos amigos da União Praiense na organização do "nosso" 1º Concurso de Fotografia :)
Até dia 01 de Abril, aguardamos pelas vossas fotos!!
Podem fazer o download do regulamento aqui: REGULAMENTO
links:
Clube de Fotografia de Setúbal
União Praiense
masturbação na actualidade [ sem excitação ]
Sectarismo.
Opinião.
Imposição.
Exclusão e asneiras - tolerância.
Poder. Vazio.
Absolutismo versus fanatismo. Versos sobre o nada.
Lutas vãs na vertigem de não parar
movimentam linhas repetitivas de
palavras bloqueadas nas mentes.
Servis não servem a quem lhes serviu.
A cabeça serve para arrumar uma série
de decretos decorados nas horas vazias
do medo cheio disfarçado nos tempos-livres
com poemas e frases-feitas sobre o cheiro
da terra e a máscara do gosto pelas coisas
simples. Reviram-se os olhos em pose de
quem - quase - perde a paciência mas insiste
a tentativa ateia de evangelização de recrutas
pela admiração de suas pessoas. Os deputados
das bancadas confrades aplaudem de cabeças
programadas e emoções à cata de aprovação
– Muito bem! Muito bem dito, sim senhor!
Mais um ponto para a carneirada. Mé.
Os cabritos-peão mascam a sorrir a impressão
de aceitação, os bodes e cabras-mor incham.
Não implodem. Ainda. N i t r o g l i c e r i n a.
G l i c e r i n a. Ao cu, lubrificados + uns tantos
otários, incha o ego mais um grão. Cristos a
caminhar por aí, intercalam, contrariados –
o trono à vez, admitindo – agora eu, depois tu -
se não partilham a realeza deixam de ter quem os
aplauda. Discípulos - bem, quem nasceu para
discípulo nunca chega a Cristo, mas basta-lhe
sentir no pêlo uma mãozinha divina de quando
em quando para sobreviver ao oco da
erudição – de facto, não há Redentores.
Apenas palermas, chatos a arrumar
o medo em gavetinhas organizadas.
Ide em paz. Palavra aos Salvadores.
Bem-aventurados os que têm medo
a fugir da própria tirania. Aleluia.
A L E L U I A.
Opinião.
Imposição.
Exclusão e asneiras - tolerância.
Poder. Vazio.
Absolutismo versus fanatismo. Versos sobre o nada.
Lutas vãs na vertigem de não parar
movimentam linhas repetitivas de
palavras bloqueadas nas mentes.
Servis não servem a quem lhes serviu.
A cabeça serve para arrumar uma série
de decretos decorados nas horas vazias
do medo cheio disfarçado nos tempos-livres
com poemas e frases-feitas sobre o cheiro
da terra e a máscara do gosto pelas coisas
simples. Reviram-se os olhos em pose de
quem - quase - perde a paciência mas insiste
a tentativa ateia de evangelização de recrutas
pela admiração de suas pessoas. Os deputados
das bancadas confrades aplaudem de cabeças
programadas e emoções à cata de aprovação
– Muito bem! Muito bem dito, sim senhor!
Mais um ponto para a carneirada. Mé.
Os cabritos-peão mascam a sorrir a impressão
de aceitação, os bodes e cabras-mor incham.
Não implodem. Ainda. N i t r o g l i c e r i n a.
G l i c e r i n a. Ao cu, lubrificados + uns tantos
otários, incha o ego mais um grão. Cristos a
caminhar por aí, intercalam, contrariados –
o trono à vez, admitindo – agora eu, depois tu -
se não partilham a realeza deixam de ter quem os
aplauda. Discípulos - bem, quem nasceu para
discípulo nunca chega a Cristo, mas basta-lhe
sentir no pêlo uma mãozinha divina de quando
em quando para sobreviver ao oco da
erudição – de facto, não há Redentores.
Apenas palermas, chatos a arrumar
o medo em gavetinhas organizadas.
Ide em paz. Palavra aos Salvadores.
Bem-aventurados os que têm medo
a fugir da própria tirania. Aleluia.

Última ceia, Leonardo da Vinci
A L E L U I A.
a sensibilidade no fundo da flor da pele
conciliação, apregoarei às árvores inteiras que és tu

não puxas amorais pulmões
poderia profetizar 9 pedras
rosadas paredes de cometas
diria poderia um dia nunca
partirá a pedra deste punho.
Com olhos de fel luz o espelho
ao ardume da castidade suada
a cal saudosa na mãe, entende.
Querida, cuida árvores inteiras
cresce os teus fonemas sem baba
(fecha a boca). As minhas pazes
em que mão as tens? Entreabre
por favor pinga-me a tua vida
alegra-te –me por favor lava
o castigo fora minha posse a
arranhar-te a luz. Carne. Asa
da minha outra carnificina.
Deglute, é tua a minha desunião.
The magic that is me #3, Cornelie Tollens
2000
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