Destes fogões. Quero sempre destes fogões nesta cozinha sem design e sem o aparato das tradições, é a minha cozinha. Ser a minha cozinha sem design e sem aparatos outros não é um factor de tipo somente. É a minha cozinha. Ah!, suspirei, na memória de receitas fazendo as devidas associações: lasagna para os sobrinhos mais velhos; canja e massinhas em forma de estrumpfes com bolonhesa para as pequenas; feijoada para os amigos; cozido à moda antiga para os pais (sem esquecer o bolo de chocolate pela tarde fora); sopa de peixe para a mana; sopa de aipo, maçã assada, brunch com todos aos Domingos e feriados, arroz de tamboril, para ti, e meia-dúzia de camarões fritos; destes fogões! Não escaparia daqui a debitar as associações. Os dias sabem bem, o Outono sou eu a saborear os pedidos à minha mesa. Ser a tia maggie, mags ou sandra, sandy e peninha e babe. Penduro um calendário com pintainhos na parede e rasuro Domingos e feriados com nomes e ementas. Não peregrino acerca da real possibilidade da mesa posta para os convidados nesses dias. A cozinha fica mais habitada e é quanto me basta.
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