Le Manège de Monsieur Barré
Robert Doisneau
Paris 1955
Paris 1955
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há 3 noites que sonho com acidentes de viação, pequenos acidentes, distracções. é verdade que ando bastante atarefada com vidas, provavelmente, por isso, invento quedas durante o sono. confesso que estou um pouco desapontada com a minha performance, dá-me a sensação que estou a conduzir a 100 km/hora mas em 3ª. não oiço o ruído queixoso do meu motor, sinto-o. ontem, introduzi a modalidade [entrar em sentido contrário nas vias rápidas da cidade]. malandro, o meu guardião dos sonhos devia estar distraído... esta noite, a contra-ordenação grave foi a entrada em sentido contrário na A1. tinha decidido rumar a Sul, quando, no nó Coimbra-Sul, faço inversão e me dirijo a Norte (em sentido contrário, evidentemente!), repetindo “não, ainda não é tempo de Primavera. querias migrar, hein?! chuvinha, é do que precisas!” ao mesmo tempo que desligava o rádio, só para me castigar! minutos antes do malvado do despertador tocar, o guardião de sonhos deve ter-se lembrado da minha existência e trouxe um sonho-memória: um pequeno momento feliz e seguro que vivi. cumplicidade. simples. um instante sereno com essa pessoa de quem guardo memórias estranhas. o guardião tocou-me direitinho, conhece-me bem, o safardana. acordei reconciliada.
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