as meninas, quando são pequenas e aprendem a brincar com bonecas, não estão conscientes do seu sentido de protecção; as meninas, quando são pequenas e olham as mães a pôr batôn, não estão conscientes que são bonitas; as meninas, quando são pequenas e sentem tristeza, não sabem de onde vem; um dia, as meninas, quando são matulonas, sabem que os meninos não têm de lhes dizer que vão tomar conta delas; as meninas, já matulonas, lêem « já não arrancam/ pétalas às flores, as/ meninas grandes devem/ ser capazes de abrir/ a boca sem deixar nenhum/ dente cair » (Valter Hugo Mãe in "A Cobrição das Filhas") e percebem.
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