por aí, tenho visto comentários sobre o que se escreve nos blogs, quando cheguei à blogosfera já se falava, já se questionava para quê um blog?. desde a semana passada, e passo a linkar abusivamente, diziam:
~ em comentário a este post, d'as caixinhas do Mal, o André realça, o comentário do Joaquim, « escrevo para quem não conheço. a quem conheço peço aliás um exercício: que se abstenha do conhecimento que tem comigo. facilita vidas e leituras. para mandar recados a vida extra blogues é ainda o melhor lugar. »
~ o Joaquim, que «A Éclair lança uma justa provocação. Pergunta se "Blogar não tirará um bom bocado das energias para a escrita que tem princípio meio e fim, aquela que depois de devidamente "censurada", FICA? É que um blogue parece-me uma meia-conversa que exige demasiado tempo." (...) para muitos de nós, e eu não sei se me incluo nestes, o escrever aqui é zombar da nossa ficção da posteridade.»
o meu blog é onde não envio recados; nada tem que ver com a minha vida namoradeira, ou o meu gato, ou o meu trabalho, e tem tudo a ver; não escrevo só para quem não conheço, não escrevo só para quem conheço, não escrevo para alguém, escrevo devaneios, sentimentos, opiniões, juízos de valor; este não é um blog com especificidade temática; acknowledge yourself não é uma ordem, tão pouco um conselho, é tão só uma expressão que não devo esquecer, por enquanto; não envio recados, mas, havendo o impulso, deito para aqui qualquer desabafo desorganizado, envio beijos, faço acknowledgements; acho que sim, um blog é uma meia conversa, e não posso concordar que prejudique a escrita; concordo tanto tanto com o Joaquim « escrever aqui é zombar da nossa ficção da posteridade » e está tudo bem, porque, como escreveu a Ana, « Nunca me ofendo porque o meu grau de seriedade para comigo mesma é nulo » (e ainda assim, consigo ser tão sisuda).
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