imagem banal? a tua mulher, a tua filha carregando outro neto e a tua neta em casa, as três de avental, a fazer bolinhos de chá como que num ritual para oferendas a um qualquer deus, ou deusa, ou deuses em troca da certeza da tua saúde. olho para ti e penso que neste mau olhado mundo talvez hajam homens com razões para querer viver. eu, às vezes, só sei que gosto de tambores. batuques. muito. também é verdade que gosto que me cantem histórias. e sei que os mesmos erros que fiz à primeira vez, farei à segunda e à terceira, que também tem vez, os mesmos erros. será assim: chegas-te à porta com um sorriso, sorriso preparado cerca de 2 metros antes da tua chegada, estarei distraída e quando levantar a cabeça também esboçarei um sorriso. claro que serei desmascarada pelo meu olhar, de outra forma não poderia ser (pois, se tu o conheces desde o dia em que nasci). estou com medo. alguma vez te disse que gosto de tambores? mas não receies, que a tua concertina é a eleita daquilo a que chamo o meu coração.
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