(...) A tempestade faz-me adiar o momento em que teremos de ir lá abaixo nem que seja um minuto, correndo o risco de sermos levados pelo ar ao lado de jornais da semana passada, de teses de doutoramento chumbadas, de pessoas magrinhas, de sonhos desfeitos, de cabeças no ar, da Margarita a caminho do Mestre em gargalhadas de volúpia demente, de ninhos mal engendrados e dos instrumentos de sopro que parecem espalhar-se pelo universo da atmosfera e que produzem aqueles assobios que mais parecem lamentos e se calhar até são. (...)
Paulo in Pathos na Polis
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