credo! credo!, digo. sabes. tu sabes. o quanto me espanto em espanto galopante. espanto crónico. em crises de agudização que não atenuam com a maturidade. e tu. tu sabes que não é só o facto de emergir com novas competências para se ir sendo feliz. é o emergir com a competência para reconhecer convictamente o que é a gente. sem cambalear. a nossa gente. após os rastreios (que parecem, inicialmente, anti-natura) desdobram-se as pequenas verdades. são minúsculas quando percebemos quantas vidas cabem numa hora. e quantas horas são tão poucas. ou as suficientes. a fugacidade das pequenas verdades. tudo o que cabe num dia só. as datas existem, são palpáveis.
Ah!... e tu. tu sabes. sabes. sabes. contagias-me a cada expiração que fazes. estás aí. e és. e sabes que és.
se o mundo todo te pudesse conhecer… Ah! se o mundo (todo) tivesse esse privilégio! mostras-lhes dos teus olhos e eu questiono-me se os merecem. depois, friamente, tiro ilações egocêntricas e aceito que possam ter essas pistas de ti, porque fico com a minha verdadinha – és da existência. guardo-te mulher. uso a palavra da noite em ti. mulher, por entre espinhos, num repente, a palavra da noite é pura de novo. é tua. mulher mulher. dou-ta. é tua. é tua. é tua. espinhos, senhores, isto são espinhos
e uma flor nos olhos. quisera.
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