Para que serve um blog?
Ecoam palavras e imagens, há ricochete, miscelânea de setas desorganizadas. O rolhão que parece ter sentido apenas onde se lê A nossa mesquinha contribuição para o mundo é um mundo mais estreito. Apetece apagar qualquer coisa, uma vontade sem inocência. Os posts publicam-se, remetem-se para rascunho, apagam-se, mas nem por isso têm o poder do não dito, do não intencional. Não têm um código escrito, não se arrogam ética e responsabilidades. Estranheza. Comunicação. Desmanchos. Talvez seja apenas o Verão. Talvez a eterna recidiva. Este post não está em código. Não o é. É tão só o que não consigo dizer, mas queria dizer. Honestamente, queria dizê-lo. E publicá-lo.
Sem perder o respeito pela sintaxe, mas sem um colete de regras. O rolhão que parece ter franqueza apenas onde se lê Não consegui dizer-te: não tenho a força, nem a suavidade. Não me esqueci de te dizer: isto é só osso. Não me lembrei de te dizer: vou-me embora.
Não volto a esquecer de saber que a vala comum não foi aberta ontem, nem neste 07 de Julho, mantém-se, está aqui, continua, dia após dia, macro e microcosmicamente, laboriosa e pacientemente a sugar-se-nos. Somos nós, não somos? Ninguém tem talento para mo negar: Somos nós, não somos?
all the king's horses, and all the king's men, couldn't put Humpty Dumpty together again
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