sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com

para que nela possamos caber

«Encaro hoje a memória como uma massa muscular que é possível trabalhar num sentido ou noutro. Que músculos do braço pretendemos desenvolver? E como? Existem uma série de diferentes exercícios que podem ser executados para valorizar este ou aquele. Agimos dessa forma com a memória, quase sempre inconscientemente, porque precisamos de nos adaptar aos discursos de época, para que nela possamos caber.
(...)
Tal como os músculos, a memória pode igualmente atrofiar e perder capacidades, por falta de uso. Acredito que a maior parte das pessoas que fixa uma história pessoal inalterável, a qual repete ao longo dos anos com a mesmíssima semântica, acredita piamente no que relata. Mas todas as construções da memória são valiosas e merecem ser ouvidas. Não há uma memória melhor do que outra. Há é memórias que podem provar-se, e outras que não.»

Isabela Figueiredo in Das castas entre os retornados

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«Os nossos cérebros são bons a registar datas e factos que podem ser esquecidos quando já não são necessários. Mas nada do que é bem guardado nos nossos corações alguma vez se perderá.»

surripiado ao Rui Bebiano n'A Terceira Noite 

2 comentários:

Karoline Maciel disse...

Como diria Adelia Prado: O que a memória amou fica eterno!

F disse...

fenomenologias!