Tudo isto poderia ser escrito a azul sobre branco, daquele azul do meu vestido, o vestido que toda a gente que me conhece sabe qual é, portanto sabe de que azul falo. É aquele que acompanha a minha degradação. Um dia, um de vós dirá de mim aos outros, após reencontrar-me na rua: “her famous blue dress was torn at the shoulder”; seguir-se-á um silêncio curto.
Não escrevo a azul sobre branco porque não me apetece ser fácil, se é que me apeteça ter a ingenuidade de que controlo seja o que for. O tom com que escrevo, esse impus-mo quando me lembrei de levar o CD do L.Cohen para o carro, essa taciturnidade.
E tudo num profundo silêncio.
Não falo vai fazer cerca de 2 semanas, se quisera ser exacta (se-lo-ei, então) direi que não falo há (pausa para fazer contas) (um post-it): 10 dias e cerca de 18 horas. Sou afortunada pois, neste tempo, ninguém me pediu que fale. Enfim, se mo exigissem não sei que se seguiria, um tranquilo momento de afonia ou, pior, de tanto puxar pela goela talvez se rasgasse o meu vestido. Confesso que me custaria ver rasgado o vestido.
Não escrevo a azul sobre branco porque não me apetece ser fácil, se é que me apeteça ter a ingenuidade de que controlo seja o que for. O tom com que escrevo, esse impus-mo quando me lembrei de levar o CD do L.Cohen para o carro, essa taciturnidade.
E tudo num profundo silêncio.
Não falo vai fazer cerca de 2 semanas, se quisera ser exacta (se-lo-ei, então) direi que não falo há (pausa para fazer contas) (um post-it): 10 dias e cerca de 18 horas. Sou afortunada pois, neste tempo, ninguém me pediu que fale. Enfim, se mo exigissem não sei que se seguiria, um tranquilo momento de afonia ou, pior, de tanto puxar pela goela talvez se rasgasse o meu vestido. Confesso que me custaria ver rasgado o vestido.
fotografia de Forced Labor (blue sand), Liliana Porter |
1 comentário:
"E tudo num profundo silêncio."
Enviar um comentário