sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com

podia começar assim "eu sei que os piratas também são gente, mas"







9 comentários:

lebredoarrozal disse...

ó sandarinha,
será que os piratas não ajudam a divulgar mais os artistas?
Não ganham mais as bandas do dinheiro dos concertos do que da percentagem pequenina que recebem dos cds?

este teu post dá pano para mangas...


e já reparaste que tb estás a ser pirata ao copiar imagens de outros blogs?
:P

margarete disse...

Repara: eu sei que os piratas também são gente.
É um mundo estranho indeed, todos precisam de comer, para além da cultura que eu acho que deveria estar acessível a todos. Penso: se eu fosse artista (como ganha-pão) como me posicionaria face a este fenómeno? Ou simplesmente me reduzia à minha insignificância e procurava um segundo emprego? É com parcimónia que olho para a questão €€ dos concertos versus €€ dos cd’s versus os €€ das grandes indústrias. Penso que há-de chegar o dia em que este fenómeno instalado consiga ser resolvido sem prejuízo para partes e que tudo seja com consentimento de todos. Até lá, não é uma questão resolvida.
Não sou irrepreensível e não me apetece o mundo a preto e branco, tenho muitas dúvidas e as certezas exigem-me parcimónia.
A bem dizer da verdade não compreendo porque é que temos de ser logo vistos como “contra algo” se reflectimos acerca do “a favor de algo
Estamos ambas a ser piratas quando usamos imagens, textos, e muitos outros etc’s, tento redimir-me a deixar bem claro as suas origens (fontes e referências bibliográficas completas por exemplo, mas, lá está, às x tambem me distraio porque felizmente não sou irrepreensível).

Pois dá, pano para mangas. É bom conseguir discutir as coisas, eu gosto ;)

lebredoarrozal disse...

sim, claro que é bom discutir as coisas...
Eu sou assumidamente partilhadeira:)
acima de tudo o que me interessa é partilhar as coisas que conheço. sempre o fiz.
desde os anos 80 que gravo k7s pq não agora gravar cds:)

pq para mim pirata são aqueles que gravam e vendem cópias de cds nas feiras.

lebredoarrozal disse...

só uns linkzinhos de artistas

https://ironiadestado.wordpress.com/2010/12/22/downloads-pirataria-ou-promocao-divulgacao/


e este excerto

“Quem disse que eu vivo de direitos autorais? Vivo de oficinas literárias que coordeno, de palestras que dou pelo Brasil, de artigos aqui e ali, de curadorias outras, de um ou outro dinheiro que pinga do teatro, etc. Por isso, repito: ‘quanto mais os meus contos circularem por aí, mas serei conhecido, mais as pessoas me chamarão para feiras e festas’. Tenho de lembrar sempre de que sou um autor contemporâneo, em um país em que poucos lêem. Se “roubarem” um conto meu, espalhá-lo por aí, é um favor que estão me fazendo…”.

que veio daqui
http://blogs.estadao.com.br/link/title-952/


e mis a opinião da joss stone

http://pplware.sapo.pt/pessoal/joss-stone-e-a-favor-da-pirataria-de-musica/

margarete disse...

Não estou aqui a militar nada senão a minha posição de dúvida “enquanto não tiver o aval do último proprietário”

(não sei definir quem é pirata)

A dimensão do fenómeno gravar k7 não é a mesma da da actualidade e penso que só um tolo advogaria a irrepreensibilidade total dizendo que hoje em dia não consome produtos obtidos ilicitamente – creio que sabes que não penso isso, apenas penso nisto e que, se não o fiz nos anos 80 ou quando comecei a fazer downloads, nunca é tarde para me questionar.

Partilhar é bom. Sou completamente a favor e aguardo ansiosamente o dia em que seja consentido e às claras \o/

Leio a lógica dos links que deixaste, mas não me sinto à vontade para usar a opinião de 1artista (ou 2 ou 3) para generalizar
Não foi a primeira vez que me deparei com tais argumentos, e que compreendo um dos lados, tu sabes, & go figure… ainda assim não consigo atingir o sentimento de ser inócua a partilha se for ouvir o outro lado da história. Pois se me aproximo de alguma certeza, rapidamente elas se esvaem se me der ao trabalho de ler 2 ou 3 links de artistas contra a pirataria, manifestos de revolta, sensação de se ser roubado, etc.
Preto & Branco: e eis que o mundo continua cinzento.

Creio que enquanto não houver um consenso das comunidades de proprietários intelectuais* e consumidores não me solucionarei quanto a esta questão, seria fácil decidir uma posição fundamentalista “do contra” se não me soubesse tão bem ter a cultura totalmente grátis e apenas ao acesso de um clique, mas não consigo.
Sei que alguma coisa há-de (tem de) ser feita, consigo atingir o facto de que já se passou o point of no return, mas não posso fechar os olhos e deixar de assumir que enquanto não for feito algo há-de haver pessoas que produzem cultura para meu bel prazer mas que se estão a sentir lesadas.
O que se poderá fazer: não sei, sei lá, não faço ideia, se fizesse não estava aqui agora mas a fazer palestras mundo fora como salvadora da questão :P (ok, esta dava para private joke!)

Percebo que quem se sente resolvido e sem dúvidas é numa convicção com base no Robin dos Bosques (e que ajuda à promoção dos artistas), mas eu não atinjo a cena na sua totalidade.
Não estou para além do meu tempo, sabes que não sou uma visionária.



* proprietários intelectuais é um conceito que não consigo abarcar (filosoficamente falando) mas vejo-me nesta sociedade a (con)viver com ele e com as suas implicações que passam pelo sustento na sua grande maioria o que faz com que a questão ultrapasse a minha esfera pessoal

lebredoarrozal disse...

como disse antes dá pano para mangas:)
eu assumo que saco para ouvir, degustar e partilhar as coisas de que gosto.
se não o fizesse, de certeza que estaria ainda perdida num mundo sem música e afins, pq vivemos num mundo em que a cultura é um luxo.e eu não me posso dar a grandes luxos
:)

e sim, percebo algumas das tuas questões:)

margarete disse...

;)

fallorca disse...

Juntam-se «as comadres»... e é isto

margarete disse...

:) quando as comadres consiguem falar das *suas* verdades e continuar comadres, tudo está bem no final do dia e o mundo reconcilia-nos um pouco mais
sem tolerâncias ou condescendências bacocas: com amor ;)