Sobre a capacidade de mobilização de gentes da internet e, especificamente, do Facebook (FB), já não duvidamos. Peço, desde já, desculpa aos que não têm FB pelo afunilar do acesso ao que vou divulgar, mas este é o instrumento que considero mais eficaz e imediato ao qual acedo de forma gratuita, ainda assim não quis deixar de o divulgar. Outra nota: não precisam ser meus "amigos" no FB para "gostarem" da página que passo a apresentar:
Não faz sentido que um documentário
destes - Os Donos de Portugal, que procura estabelecer relações de poder, seja remetida para a programação na
madrugada (!).
Isto é, aliás, símbolo do velar as verdades sob a alçada de informação.
Mesmo que passe a estar disponível online, merece outra visibilidade.
Esperamos mais responsabilidade da televisão pública:
queremos "Os Donos de Portugal" a passar em horário nobre!
Assim sendo, vamos arranjar
quorum para mostrar que não dormimos e queremos acesso de informação igual e justa para todos? ;) sem tapar o sol com a peneira, que é como quem diz que não queremos que passem programas pertinentes a horas impertinentes
do publico.pt:
«Imagine que um leitor de crónicas de negócios do século XIX regressa a Lisboa e retoma as suas leituras: "Que espanto sentiria ele ao encontrar os mesmos nomes daquelas grandes famílias que povoavam a Baixa e a Lapa? Será que ainda vão lá estar em 2150?"
(...)
o documentário aponta uma elite económica que se afirma a partir de "uma relação de grande promiscuidade com o poder do Estado e sempre sob sua protecção, uma característica que atravessa os vários regimes"
(...)
desmonta uma forma concreta de promiscuidade entre o poder político e económico, ao expor o "tráfego entre cargos políticos e lugares de topo nos grandes grupos económicos", sobretudo em ministérios estratégicos: Economia, Emprego e Obras Públicas
(...)
O filme começa em finais do século XIX, revela uma burguesia que tem no Estado o seu mercado privilegiado e que sobrevive de relações estreitas com os universos da política e dos negócios, numa lógica de permanente favorecimento
(...)
Exibe-se o fracasso de uma burguesia incapaz de modernizar o país, absolutamente centrada no enriquecimento e na autopromoção social. Uma rede que é abalada com o 25 de Abril, mas que o Estado, através do processo de privatizações, coloca novamente no centro do poder económico e financeiro.
(...)
A árvore genealógica da burguesia portuguesa mostra como o casamento é passaporte para assegurar a continuidade da direcção dos negócios e como o país económico é refém de "uma grande família"
(...)
Analisados 115 currículos de governantes do último século, o documentário conclui, com especial relevância para o PSD, que "entre política e negócios o trânsito é permanente e muito intenso". E que "esta promiscuidade cria um sistema de enriquecimento rápido e uma ascensão social vertiginosamente rápida", nas palavras de Jorge Costa.
(...)
Duas afirmações no documentário explicam quase tudo. A primeira é que "o lugar num ministério é hoje trampolim para uma vertiginosa ascensão social através de remunerações com que muitos quadros partidários nunca sonharam, nem no partido nem nas suas profissões". E a segunda vai ao âmago da corrupção: "Quem dirigiu a privatização passa a dirigir o que privatizou, quem adjudicou a obra pública passa a liderar a construtora escolhida, quem negociou pelo Estado a parceria público-privada passa a gerir a renda que antes atribuiu ou vice-versa."»
portanto, se tem conta no FB, e se considera este um pedido pertinente à RTP,