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"Não sinto que tenha de pedir desculpa aos portugueses"

«A propósito da primeira página do Expresso de hoje, não posso deixar de explicar ao sr. primeiro-ministro:

Eu trabalho. Trabalho muito. Nem sempre com vontade, mas trabalho. Muito.
Eu não tenho outro remédio senão pagar os meus impostos, porque tenho o privilégio de trabalhar por conta de outrem. Sou paga com dinheiro do orçamento geral do estado. Mas não me sinto em dívida.
Eu pago as taxas e as contribuições. As que, mais uma vez, não tenho outro remédio senão pagar. Mas as outras também. A tempo. E não estrebucho.
Eu consumo. Faço mexer a economia.
Eu, sem contar com o corte no próximo subsídio de natal e sem pensar no que mais gasto quando consumo, ganho menos 150€ que no ano passado. Desde Janeiro. É só fazer as contas.
Eu gerei um nadinha menos que o 1,3 filhos da média portuguesa, portanto estou apenas ligeiramente abaixo da média.
Eu voto. Sempre. Mesmo quando dói.
Eu não votei, nem nunca votaria em si ou em pessoas que pensam a sociedade como o senhor pensa.
Eu já vai para uns 30 anos que não acredito que, se nos sentarmos sempre na cadeira em frente ao professor, apagarmos sempre o quadro e levarmos o livro dos sumários para a sala dos professores, passamos de ano de certezinha.

Portanto, não que me tivesse ocorrido a necessidade, mas, já que fala nisso, a mim sim, tem de pedir desculpa.»

por menina alice

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