do monstro falando
«Poema pouco original do medo
O medo vai ter tudo
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde ninguém o veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no teto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos
O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
ótimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projetos altamente porcos
heróis
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com a certeza a deles
Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados
Ah o medo vai ter tudo
tudo
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)
O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos»
Alexandre O'Neill
porque sim (também, porque não)
Em tuas veias ouve
Quem não foste.»
Staring at my hands
He blew in off the water
My father was a farmer
And I, his only daughter
Took up with a no good millworking man
From Massachusetts
Who dies from too much whiskey
And leaves me these three faces to feed
Millwork ain't easy
Millwork ain't hard
Millwork it ain't nothing
But an awful boring job
I'm waiting (on) a daydream
To take me through the morning
And put me in my coffee break
Where I can have a sandwich
And remember
Then it's me and my machine
For the rest of the morning
(and) the rest of the afternoon
And the rest of my life
Now my mind begins to wander
To the days back on the farm
I can see my father smiling at me
Swinging on his arm
I can hear my granddad's stories
Of the storms out on Lake Eerie
Where vessels and cargos and fortunes
And sailors' lives were lost
(Yeah), but it's my life has been wasted
And I have been the fool
To let this manufacturer
Use my body for a tool
(I'll) ride home in the evening
Staring at my hands
Swearing by my sorrow that a young girl
Ought to stand a better chance
So may I work the mills just as long as I am able
And never meet the man whose name is on the label
(still it's)me and my machine
For the rest of the morning
And the rest of the afternoon (and on and on and on...)
for the rest of my life
Hey you
Out there in the cold,
Getting lonely, getting old,
Can you feel me?
Hey you,
Standing in the aisle,
With itchy feet and fading smile,
Can you feel me?
Hey you,
Don't help them to bury the light.
Don't give in without a fight.
Hey you,
Out there on your own,
Sitting naked by the phone,
Would you touch me?
Hey you,
With your ear against the wall,
Waiting for someone to call out,
Would you touch me?
Hey you,
Would you help me to carry the stone?
Open your heart, I'm coming home.
But it was only fantasy.
The wall was too high, as you can see.
No matter how he tried he could not break free.
And the worms ate into his brain.
Hey you,
Out there on the road,
Always doing what you're told,
Can you help me?
Hey you,
Out there beyond the wall,
Breaking bottles in the hall,
Can you help me?
Hey you,
Don't tell me there's no hope at all.
Together we stand, divided we fall.
Pink Floyd
desabafo desorganizado # 2 (será normal?)
grrrrrrrrrrrrr acabo de fazer contacto com uma colega de trabalho no sentido de resolver uma pequena situação (pequena para nós, os ditos profissionais) (grande, de grande impacto para o cliente), como dá trabalho remeteu-me para o Sr.XPTO pois não devemos furar as redes formais de comunicação nas instituições. CARAGO! é só uma achegazinha e... ZÁS! um pouco de paz de espírito para outrém. mas não, não pode ser. eu não aceito isto. pá! faço o que me pedem, escrevo tudo como uma menina bonita, até faço de secretária, mas não aceito que não se possa acelerar um pouquito as coisas. enfim, talvez não me esteja a explicar muito bem, teria de contar o que foi.
dou comigo a perder a frontalidade, não confrontei a minha colega, dizendo-lhe que podia ser um pouco mais eficiente/solidária bláblá. dou comigo a perguntar: será normal? estarei a perder a garra? estarei a ficar passiva? será normal?
jázinho!
não é aquioje?
já foi ontem?
será amanhã?
já quandonde foi?
quandonde será?
eu queria um jàzinho que fosse
aquijá
tuoje aquijá.»
Alexandre O'Neill
The Origins Of Taboo, 2002 - Elena Ray
On the turning away
On the turning away
from the pale and downtrodden
and the words they say
which we won't understand
" don't accept that what's happening
is just a case of others' suffering
or you'll find that you're joining in
the turning away"
It's a sin that somehow
light is changing to shadow
and casting it's shroud
over all we have known
unaware how the ranks have grown
driven on by a heart of stone
we could find that we're all alone
in the dream of the proud
On the wings of the night
as the daytime is stirring
where the speechless unite
in a silent accord
using words you will find are strange
and mesmerised as they light the flame
feel the new wind of change
on the wings of the night
No more turning away
from the weak and the weary
no more turning away
from the coldness inside
just a world that we all must share
it's not enough just to stand and stare
is it only a dream that there'll be
no more turning away?
diagnóstico: nó de garganta
ver o mundo mudo
antípodas
afinal, Shunt,
o poema que deixaste de Cyril Havecker, não era isento,
sabias que falavas dos meus antípodas!
:)
apetece-me:
Pessoas e a blogosfera
desabafo desorganizado
it's still a day, isn't it? # 2
it's gonna be a day anyway # 2
about that portuguese word
exercício: o indizível de nós
acção: nulo
muttscomics.com
Name : Sid Companions : Millie, Frank Favorite Food : Fish food Obsession : Freedom
Best Friend : His reflection Quote : "I keep thinking it's Tuesday."
it's still a day, isn't it?
deve haver uma ligação, (existe mesmo!)
obsessão: mãos. #2
"Assim foi que ele à mão direita,
impôs disciplina:
fazer o que sabia
como se aprendesse ainda..."
"Chego, então, agora, à mão dominante, a que redige e trabalha a determinação, a que revela os sinais do presente, a que vaticina, a que indica o percorrer e o existido e à outra que está pousada dentro, a do silêncio e a do inconsciente, a que olha circundante o herdado e o adquirido."
! URGENTE !
PECISAMOS DE LAR PARA ESTA CADELINHA
esta cadelinha foi recolhida na estrada nacional no passado Domingo e precisa urgentemente de um lar
é muito simpática, fez a viagem de carro muito sossegadinha e nunca mostrou comportamentos agressivos
(está avaliada por médico veterinário, que indica que tenha cerca de 3 anos)
por favor tentem lembrar-se de alguém que gostasse de uma companhia simpática e sociável
CURIOSIDADE – Factos revoltantes acerca da realidade do nosso país
Uma vez identificada como um animal vadio/abandonado por outro condutor que também parou no local em que foi recolhida, e por peregrinos que passavam, trouxemos a cadelinha para Coimbra e dirigimo-nos directamente à Associação Municipal de Protecção Animal (junto ao Choupal), onde não havia ninguém para nos receber nem qualquer contacto de urgência afixado*, no nº 12118 da PT nenhum dos números identificados- associações ou ligas de protecção animal, nos respondeu (nem havia números verdes!). A lógica fez-nos dirigir à PSP que nos disse não poder recolher a cadelinha e nos indicou uma clínica privada que nos poderia ajudar!
É daí que nos dirigimos a essa mesma clínica, ligámos para o nº de urgências indicado e, em cerca de 10 minutos, o Sr. Dr. Hermano Pina estava a receber-nos (um bem haja!), avaliou a cadelinha, preparou-lhe uma cama e deu-lhe comida! (é lá que se encontra a cadelinha)(não identificamos a clínica para não provocar publicidade que leve até lá pessoas com animais abandonados para recolher)
Não nos conseguimos conformar que não haja um entidade oficial que assuma esta papel – ou?!... existe mas só assumem aos dias úteis em horário laboral?!!! REVOLTANTE!
*é de realçar que à porta desta mesma associação encontrava-se um cão atropelado, deixado por alguém que o assistiu, e que possivelmente só foi tratado na 2ª feira!!!
menos mais
"Cada vez mais eu escrevo com menos palavras.
Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever."
hoje, no diário de coimbra, um psiquiatra que não é gago, não tem medo de falar preto no branco, afirma: os portugueses estão doentes, as cidades estão mal concebidas para viver e trabalhar, a sociedade só produz paranóicos e obsessivos, os portugueses trabalham demais! diz-se um optimista, caso contrário, não seria psi!
desculpem, pensei aceder à entrevista no site do jornal mas, nem por isso são muito generosos, teria de voltar ao papel e não o tenho aqui, lamento, pois gostaria de transcrever, tal qual, as palavras do dito Senhor Professor (faço uma vénia) e fazer-lhe justiça deixando aqui o seu nome... mais tarde (pode não ser hoje) volto para completar esta informação...
Barclay James Harvest
In Memory Of The Martyrs
Life is like a tall ship
Drifting gently from the shore
Time is like a fair wind
With a lifetime to explore
The beauty that surrounds you
Was meant to be adored
The problems that surround you
Were meant to be ignored
We are love, we are, we are love
We are love, we are, we are love
I dreamt I held a baby
I dreamt I held a child
I dreamt I held a young man
A prisoner in my hand
My hand I could not open
The man grew up inside
A prisoner without reason
Just on the other side
We are love, we are, we are love
We are love, we are, we are love
The blood red rose of summer
Grows elegant and tall
In memory of the green grass
Beyond the guardian wall
The green grass grows forever
Beneath the bloody sky
In memory of the martyrs
She'll cover when they die
We are love, we are, we are love
We are love, we are, we are love
lanchava na esplanada de uma terra pequena onde todos se conhecem, uma vizinha vem deitar um ferro de engomar no lixo, antes, tem uma operação a fazer - bate repetidamente com o ferro contra um vaso de cimento que existe ali ao lado, com violência, é imperativo que o ferro não tenha condições de ser aproveitado por outrém!!!
a esta vizinha, pergunta outra vizinha:
- Atão?! Nã presta?
- Olha... caiu no chão e já não trabalha
- E nã'u levas à'rranjár?
- Ah, na deve valer a pena...
- És má! tomara que morras! - deseja outro vizinho que passa na rua e "entra" facilmente no contexto...