É a expressão que me surge, pesquisei no google imagens por "barata tonta" e esta foi a 1ª que me surgiu. Parece-me apropriada. Estou a tornar-me numa daquelas pessoas horríveis que não têm tempo "para mais nada" :S
Depois fui embora e carreguei o pensamento de dureza. Mastiguei todas as ausências de habilidade que engoli. Estou agora em processo de digestão, é por isso que me falta a voz. (Por me faltar a voz, mas restarem as locuções sou bendita.) Estas palavras que me atravessam são violentas e destroem primeiros pedaços. São pedaços antigos pelo que estalam porém ficam presos na garganta como se não fossem água. Ah, se eu soubesse… Repito “Ah, se eu soubesse…” e torno-me numa feliz desconhecida de tudo o que pudesse ter sido projectado acerca destes dias. É a fúria com que assinalo na agenda a lista de compras que rebenta comigo, a feliz desconhecida. A faca não corta o fogo. A faca não corta o fogo. A faca não corta o fogo.* Esta voz que me atravessa.** E assim vou, inédita, a violentar o resto destas forças com palavras que não sei fazer entender, mas sei serem iminentes. Ah…
Das hipóteses formuladas surgiu o erro. Surge sempre um erro tardio na ciência. Todos sabemos disto. Percorri cada item com um cuidado que ultrapassou a reflexão. Agora continuo na frente daquilo em que creio hoje. Tenho as pastas cheias de nomes que transformei em números. Penso nos clichés que o homem disse ontem à tarde e sublinho a pertinência da minha irritação. Quem disse que arte e ciência são sentenças distintas? (nota: a pergunta formulada previamente é, ela própria, um cliché)
Percorro as tabelas e rio louca. Sou muda, a irritação esvai-se rapidamente. Dentro de cada célula existe espaço suficiente para os erros do Homem. A chalaça está no engano dos números. Gente crescida deveria saber isto na ponta da língua. Acaso amanhã receba o convite para a discussão do estado da arte denunciarei a minha ausência. O meu Outono é mais importante.
Hoje revezo a minha arte com a minha ausência. Uma ausência em confiança. É nisto que creio hoje. Firme, sinto o primeiro frio e perpasso memórias como me convêm. Afinal, sinto tudo. É assim mais importante dizer adeus enquanto ainda há tempo. Deixando para trás as persuasões. Podeis verificar, como acima demonstrado, que é fácil engendrar textos que nos tragam de volta o início da manhã. Também escrevo. Posso fazer mistura de todas as imagens que sonho e dizer adeus. E voltar a cada desejo.
as hipóteses que se colocam são: H1 postaremos loucamente nos próximos dias H2 estaremos ausentes nos próximos dias H3 estaremos ausentes nas próximas semanas H4 estaremos ausentes nos próximos meses
E mais tarde certamente estarei exposta a lágrimas alheias. Por agora deixo que esta que possuo se beba na minha face. Não sei afiançar se se trata de uma grande lágrima ou de um pequeno fio de água que me atravessa.
Por acaso, poderia achar graça aos seres irrepreensíveis, mas não acho, é tão simples quanto isso. Ah... e nem pensar em gastar energia a tentar decidir se quero (ou não) acreditar na história.
O quê? Votação contra no projecto de lei para o casamento entre homossexuais. Quem? Grupo parlamentar do PS aka121 deputados -> pessoas, homens e mulheres, portugueses de ideologia de centro-esquerda... volver... direita! Como? Levantando-se no momento do voto “contra” [apesar dos deputados do PS explicarem que estão a favor da união entre pessoas do mesmo sexo (?!!!)] Onde? Assembleia da República Portuguesa, lá para os lados de São Bento Quando? Hoje. Porquê?!!! . . .