sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com

Portugueses! *

À falta de manchetes de horror, os jornais e os rádios de hoje projectam uma paragem do país até às 20h. Sua Ex.ª o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, vai interromper esta quinta-feira as suas férias, numa iniciativa inédita, para fazer uma comunicação ao País, cujo assunto não foi divulgado. Suspense.


http://i209.photobucket.com/albums/bb135/oscarfoto2007/television.gif
* para quem se lembra dos tempos de antena de Ramalho Eanes, já sabem com que entoação devem fazer a leitura

'tava capaz de compôr música para acompanhar este belo texto:

«A sua encomenda foi validada por nosso Serviço de Atendimento ao Cliente. O seu pacote está sendo actualmente preparado junto de nosso serviço logístico e será enviado o mais breve possível.»

A sua encomenda foi validada
por nosso Serviço de Atendimento ao Cliente.
... nosso Serviço de Atendimento ao Cliente.
O seu pacote está sendo actualmente preparado
... preparadoooo
junto de nosso serviço logístico

e será enviado o mais breve possível
...será enviado o mais breve possível
láriláriláriluuuu


[ taking part & fighting well ] just keep on playing [ behave accordingly ]

A China anunciou que vai censurar o acesso à Internet de jornalistas estrangeiros, durante os Jogos Olímpicos de Pequim, adiantando que o acesso dos profissionais de comunicação social à rede será «o suficiente». diário Digital
A imagem "http://notasaocafe.files.wordpress.com/2008/07/nicholson_29072008_1.jpg" não pode ser mostrada, porque contém erros.
Peter Nicholson





Consideremos fair play como a presença e aceitação de determinadas regras em que se espera, de parte a parte, lealdade, honestidade, respeito pelos outros e por si próprio, igualdade de oportunidades…

Consideremos ainda esta nota histórica…
" The important thing in these Olympiads is not so much winning as taking part" said the Bishop of Pennsylvania, Ethlelbert Talbot, in his sermon on 19th July 1908 in London during the Games of the IV Olympiad. Coubertin thought this message was "of great philosophical significance" and used it himself, adding his own personal touch. In his writings, Coubertin considered sport in its educational sense, declaring that "the important thing in life is not victory, but the fight; the main thing is not to have won, but to have fought well." olympic.org
E que…
To be eligible for participation in the Olympic Games an athlete must comply with the Olympic Charter as well as with the rules of the International Sports Federation concerned as approved by the IOC, and must be entered by his National Olympic Committee. A competitor must notably:
- respect the spirit of fair play and non violence, and behave accordingly on the sportsfield
olympic.org

Consideremos olhar a algumas partes do todo, a manipulação política (de parte a parte) dos media, o medo das possibilidades de poder de uma potência como o é a China, as 'boas intenções' do Comité Olímpico, a singela posição dos atletas que só estão ali para jogar e não se devem meter em política porque o que interessa é o espírito desportivo, o prometido legado que estes jogos irão deixar, finalmente, num lapso momentâneo de insanidade até podemos considerar os direitos humanos.
Consideremos até a imagem de milhões este Verão, refastelados no seu sofá, munidos de snacks e beberagens acompanhadas de gelo, frente à televisão a apreciar os belos saltos e as maratonas...
Chegamos sempre à mesma conclusão, não?
Fica o remate profundíssimo (que eu hoje acordei assim): definitivamente, somos. l o u c o s.

Image:The Great wall - by Bernard Goldbach.jpg

The Great wall by Bernard Goldbach

bom dia

terna é a noite

comecei a ler, consegui chegar de olhos abertos até cerca da página 30
desde ontem, uma frase repete-se na minha cabeça

se eu fosse terna saberia fazer origami

(colocar este numa série de tipo pensamentos sem nexo)

http://www.sc.edu/fitzgerald/collection/dustjackets/images/tender.gif
não, esta não é a edição quem tenho, mas é a que gostaria de ter
bom fim de semana

Todos temos pessoas que mexem com os nossos nervos, certo?


De que falo:
Estou rodeada duma corja específica que se farta de ir a concertos. Eu não vou (muito) a concertos. Logo, sofro do mal de inveja. Em grande escala.
E penso, podiam ser discretos, mas não. Que é isso da compaixão? Já ninguém se compadece! O mundo está podre. Podre!
Senão, reparem: fazem posts sobre os concertos planeados e depois ainda vêm fazer o relato; outros, troçam indecentemente com frases do tipo “chego a ter inveja de mim próprio” e quando insultados ainda respondem a meter mais nojo; até gentalha que não conheço, expõe o nojo todo. (tenho ou não tenho razão em estar pelos cabelos com esta gente?)

Este ano, já risquei dias a negro no calendário. O pior foi o do concerto de Nick Cave. Acho até que uma lagrimita quis despontar nesse dia.

Portanto, ontem decretei que:
ah e tal, essa coisa de não poder ir aos concertos (todos) não me afecta assim tanto. Até porque nunca fui habituada a esses luxos. Principalmente por questões de condicionantes geográficas que acabam sempre por impor custos acrescidos aos dos bilhetes

Pois é.

Ainda acrescentei que, pronto, como não fui habituada, uso da deixa aquilo que não conhecemos, não nos faz falta. Uma das margaretes dentro de mim repetia irritantemente sim, sim, engana-me que eu gosto. Mandei um berro e ela lá se calou.

Pois é.

A semana passada pus-me de posse de bilhetes para ir ao concerto Sassetti & Laginha. Um bocadinho de mim anda sorridente desde então.
Há bocado, propus a "loucura" de zarpar para Gaia, após a safra, para assistir ao concerto de Peter Murphy (ainda não se se há bilhetes, aguardo infs)

Ao fazer as ponderações nojentas sobre se seria prudente ir a Gaia, eis que: fui presenteada com bilhetes para o concerto do Senhor Leonard Cohen no próximo Sábado. Leram bem? Eu vou ouvi(e)r o Leonard Cohen!!! Euzinha!!!



Pronto, era só para ser nojenta.

outro ser

Talvez não queiramos voar. Não diria que haja o desejo de se ser pequenino, maneirinho. A pele faltar-nos-ia, imagino. (Como seria o processamento sensorial da penugem? Seremos tão, ou tão pouco, frágeis que nos escapem pássaros das mãos?) Em situação interina de prostração o corpo sobra. O peso é a indelicadeza major aquando do esmorecimento de se ser. Reconheçamos: o indesejo reside no voo. Depois… Começamos por inventar palavras a substituir a imobilidade terrena e, num ápice, encontramo-nos graves de gravidade. A automatização instala-se, sugando a cumplicidade enquanto nos fornece tempo. (tempo escusado, pois o que procuramos tem-nos acompanhado desde se ser ser) Ando cada vez mais certa de poder fazer um resumo. Repare-se: mar, árvore, pássaro, assobio.

Helena Almeida, Voar (in 4 parts)
Helena Almeida
Voar (in 4 parts), 2001



mais sobre assobios... Alex, Little Black Spot e Pedro

sobre adjectivos secretos de maioridade

Procedemos à avaliação vocal e de seguida não completámos um relatório.
Não podemos perder tempo. O tempo será inútil - pensamos ser esse o derradeiro epílogo. De que servirá um relato em nada literário? Para que comparações serviria ocupar espaço na marcação de frequências e harmónicos?
Comparar será talvez a actividade mais falaciosa. Por exemplo, a comparação de calibres humanos. Se facilmente se percebe o erro nas hipóteses de comparação do mesmo ser entre si próprio (transversalmente falando), de onde surge a comparação entre seres?
Resposta para tapar o sol com a peneira: surge da necessidade empírica de abater tempo (essa coisa inútil cujo abatimento não importa).
Faz sentido.

Nota do autor: o leitor nunca deverá confundir (nem comparar!) o abatimento de tempo na comparação (actividade falaciosa) com o abatimento de tempo no entretenimento do nada

quando os pés da mente arrefecem


introdução...
Como árvores revisitadas pouco mais haveria a dizer. Os dias estragaram-se. Entre sol e chuva espaçados, criaram-se as condições necessárias à enfermidade, disse. Porém, entre sol e chuva, demorou-se tudo quanto bastou para te sorrir. E assim sorriu. Esta é uma história, aconteceu. Aconteceu: molhar os pés, ter frio e fugir em passada larga.
Em inglês diz-se "having cold feet". Pode-se traduzir para português? Resposta: poder, pode - que ninguém vos vem aplicar uma coima, mas não não se pode. As coisas da linguagem também usufruem prejuízos. Para uma mente bilingue (sem confusão com poliglotismo) não há espaço a tradução de fisionomias.
Dizia, portanto, que a mente ficou com os pés frios. Permaneceu assim durante algum tempo, não me apeteceria (acaso soubesse) dizer quanto.
A temperatura não desceu a níveis incomportáveis pois foi possível suspeitar de cada emoção que se apresentou. Não esqueçamos que a história começou quando os pés arrefeceram. Foi num desses momentos que se percebeu que a revisitação das árvores confundiu a ausência de ruídos com a lacuna de defesa. A confusão gerada foi tal que os pés começaram, gradualmente, a aquecer. Imagine-se que se confundiu harmonia com polimento e fundamentalismo com fundamentalismo. Ou seria extremismo com extremismo? Ou talvez tenha sido apenas uma confusão de interesse menor - o aviso estava afixado "a confusão gerada foi tal...".

algum tempo depois...

Ah, a memória recuperada: a confusão era afinal gerada pelos fanatismos das vozes e das frases dos si.

conclusão sem desenvolvimento...
Esta história acaba muito cedo porque tudo nos aborrece. Aborrece sobremaneira – que é uma expressão com uma articulação curiosa. É a este modo de se ser deliberadamente criticável que se pode atribuir responsabilidades.
Ora chuvisca, ora soalheira por esta janela adentro, o espírito afadiga-se e utiliza aporcalhadamente expressões. Desde o segundo parágrafo deste texto.

>:(

pensavas que por não ter caixas de comentários te livravas dos insultos?